OLHANDO UM HOMEM VAZIO
Naquele olhar que catei pra mim
Havia um sorriso de quase entrega
Que até pra esse deleite de espera
Há mais coisas do que escrevo aqui...
Na boca existiam gotas de umidade
Mechas encobrindo todo encontro
Mas, havia o vento soprado no ponto
De mostrá-la na luz da verdade...
Havia um olhar se erguendo com calma
E um brotar de transmutar a alma
Naquele leve gesto de mão sutil.
Comportando-lhe as lentes no rosto
Olhando-me assim com tanto gosto
Eu. Um “instantâneo” de homem vazio.