Prazer, eu me chamo Sofia e tu?
Em ruas escuras
Sinuosas, frias
Meus olhos estavam perdidos
Diante de tantas faces novas
Eu tentei me encontrar
Nos labirintos
Formado por imensas paredes
Cobertas de câmeras
Umas ligadas e outras desligadas
Minh'alma era retraída
Eu não me correspondia mais
Sou chamada a falar
Pareço ter ficado muda
Meu corpo tratou de manifestar
O meu desejo entre muitos
O susto de uma falsa puritana
Palmas ecoando pelos espaços
Tímida, apenas fazia um pequeno sorriso
Saio dos holofotes
Um som
"Que linda a tua poesia"
Minha resposta
"Agradecida"
Nós trocamos todas as palavras
Jogamos nossas belezas no vento forte
Eu acho que estava me sentindo em paz
Alguém estava me encontrando
"Vamos ficar por aqui"
Nos sentamos em um dos vários cantos
Trocamos nossos fluídos poéticos,
Nossas verdades
"Qual o teu nome mesmo?"
Sou chamada para me ecoar
Agora era eu que falaria
"Eu, Sofia"
Os nossos olhos estavam de encontro
Sai dos holofotes
Meu rosto se encontra por perto
"Prazer, eu me chamo Sofia e tu?"
Com aquele sorriso fascinante
Vagamos pela noite
Conforme os ventos
Passos na selva de pedra
Nos curtindo
Ele me conheceu de verdade