Prazer, eu me chamo Sofia e tu?

Em ruas escuras

Sinuosas, frias

Meus olhos estavam perdidos

Diante de tantas faces novas

Eu tentei me encontrar

Nos labirintos

Formado por imensas paredes

Cobertas de câmeras

Umas ligadas e outras desligadas

Minh'alma era retraída

Eu não me correspondia mais

Sou chamada a falar

Pareço ter ficado muda

Meu corpo tratou de manifestar

O meu desejo entre muitos

O susto de uma falsa puritana

Palmas ecoando pelos espaços

Tímida, apenas fazia um pequeno sorriso

Saio dos holofotes

Um som

"Que linda a tua poesia"

Minha resposta

"Agradecida"

Nós trocamos todas as palavras

Jogamos nossas belezas no vento forte

Eu acho que estava me sentindo em paz

Alguém estava me encontrando

"Vamos ficar por aqui"

Nos sentamos em um dos vários cantos

Trocamos nossos fluídos poéticos,

Nossas verdades

"Qual o teu nome mesmo?"

Sou chamada para me ecoar

Agora era eu que falaria

"Eu, Sofia"

Os nossos olhos estavam de encontro

Sai dos holofotes

Meu rosto se encontra por perto

"Prazer, eu me chamo Sofia e tu?"

Com aquele sorriso fascinante

Vagamos pela noite

Conforme os ventos

Passos na selva de pedra

Nos curtindo

Ele me conheceu de verdade

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 30/03/2017
Código do texto: T5956514
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