Fotografia © Ana Ferreira



 
 
PENAS BRANCAS

Penas brancas penas alabastrinas

para os dias que virão
sem sombras de brancas penas
nas asas do coração
 
Penas brancas penas alvas
esvoaçando no calor de um beijo
a bailar sobre a pele da alma

o sabor da ternura que se faz desejo

Penas brancas penas lívidas
enfeitando o caminho
bem perto daquele mar
onde construímos um ninho
 
Penas brancas penas níveas
seguindo a rota destinada
vindo ao meu encontro
sem dia nem hora marcada
 
Penas brancas penas cândidas
levam o que não sei de nós

não temo e solto as asas
das aves que em mim houver

 
Teu amor tem a leveza e graça
das brancas asas da garça
e faz morada na torre mais alta
que existe no meu ser.  

Ana Flor do Lácio   


 
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 30/03/2017
Reeditado em 30/03/2017
Código do texto: T5956471
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