EU NÃO EXISTO
Eu não existo,
De verdade, eu não existo.
Eu só existo aqui, Aqui neste espaço "vazio preenchido",
De feios "zeros e uns".
Eu não existo,
De verdade, eu só existo aqui, neste mundo "feio bonito".
E não faço questão de existir além daqui,
Em um mundo "lindo feio" que eu não suporto.
Eu não existo,
E estou feliz com a minha inexistência.
Pois sinto-me mais útil na "ausência presente",
Do que o contrário.
Eu não existo,
Está escrito nas palavras de Sartre.
Mas talvez, eu exista sim,
Nas leituras russas, de uma russa falsificada,
Alva, de doce charuto na mão, uma vodka na outra,
E meia duzia de calmantes.