KARMA

Eu não sou escravo de meu passado,

Porém, ainda trago dele, muitos miasmas,

Que eu devo depurar, na mesma moeda...

É como uma vacina,

É preciso a doença, para gerar a cura,

Que no meu caso, é na alma...

Se hoje sou um homem de armas,

É por que pelas armas eu vivi e morri,

Fazendo justiça, injustamente...

Se nesta vida eu sofri por amor,

Muito fiz sofrer a quem amou-me a ajudou-me,

Sendo hoje, apenas um amor longe... Em São Paulo... Longe...

Não busco um fim trágico em minha vida,

Mas sinto que meu karma me chama,

Mas será, para mim, nesta vida, a chance de redimir meus erros...

O erro não me é permitido,

Quando eu sei o que devo fazer,

Mesmo que o dever, faça-me de holocausto...

Chegou a hora,

Posso sentir o hálito do destino,

A conduzir-me ao fim da guerra...

Só que, desta vez,

Uma guerra limpa, justa, pelos justos,

E não uma guerra suja, injusta, inglória e solitária...

Mas que, por mais que o medo avizinhe-se de meu coração,

Manter-me-ei sereno, diante de meus inimigos,

Que afrontam-me com o terror das armas que eu não temo...

Meu preço pela paz dos pobres, pela paz dos oprimidos,

Eu pagarei com a minha vida,

Sem hesitar um segundo sequer...

Mesmo que para isso, eu tenha que esvair-me em sangue,

Pelas mãos dos covardes corruptos inimigos sociais,

A quem eu jurei combater...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 28/03/2017
Código do texto: T5954604
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