QUINZE MINUTOS

Pouco espaço- pouco tempo

Vida em segundos sofrimentos,

E nesses mistérios o arrependimento,

Sou o que sou me compro e me vendo.

Pouco espaço em peça que detesta,

Faço festa de angústias.

E num riso descontraído me aborreço,

Sendo uma simples mancha escura.

Nesses quinze minutos sou o nada,

Um servo gentil sou o nada,

Um segundo que não viveu.

Trocando mistério e segredo

Ampliando medo e desejo,

Digo que não sou mais eu.

Posso morrer sem causa justa,

Posso ser a laje da sepultura,

Nem mesmo o amor vai me entender.

Mesmo assim ainda tento,

Nesses quinze minutos que me empresta,

Transformar meu mundo em aquarela,

E dizer-te que te amo sem sequelas.

Arthur Marques de Lima Silva

27/03/2017

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ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 27/03/2017
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