A infância
Onde,
Onde andará a infância
Perdeu seu jeito criança
Seu tempo de lambamça...
Entristecida
Já não brinca
Sem ânimo, não corre
Aos poucos morre...
Morre de tédio
Esmorecida em concretos,
Em prédios...
Incerta
Perdeu seu dom de descoberta
Entre o esconde esconde
Havia festa...
Aprendia sons e silêncios nas horas certas
O encanto das fadas
Dos magos nas florestas
Inventava bichos nas sombras
Brincadeiras e pompas
Pobre infância!
Perdeu a inocência
Já não descobre o gosto da vida
Foi trocada pelas telas frias
Eletrônicos, ironia
A mente vicia...
Na criança, não está mais contida
Ainda no últero
Espera a chance
De ser acolhida...