DESARGUMENTO
Quando as quadras se repetem
Disintoniza o coração,
Há choros, lágrimas e dores,
Qual uma adivinhação.
É a vida na totalidade,
Há segredos com informação,
Não sei se rio ou se choro,
Nessa tremenda confusão.
Se você entende a vida
Se a conhece me ensina então,
Pois cada amanhecer padeço
Em pé ou levantando do chão.
Sou como bonecos de meninas,
Que na adolescência estão,
Ora sou confidente,
Ora tomo empurrão.
Pareço com as estações do ano,
Que vivem em inteira inversão,
O outono é primavera
O inverno é verão,
Não precisa de sequência,
Para um sim virar um não.
Quando as quadras se repetem,
Há silêncio em ebulição,
Ah! chata vida que compete,
Com poesia e aflição.
Arthur Marques de Lima Silva
Direitos Reservados.
25/03/2017