Abraços
É vago o abraço e as
palavras ressoam sem compasso;
são meros estilhaços, não as ouço,
não as toco e não as acho
e o desejo perde-se no espaço,
O instante é ínfimo, o desgaste, vasto...
É vago o abraço.
Divago pelo ar, alheia a tudo,
Mas de repente abro janelas e me aprumo,
Pois há braços que me acolhem,
Em outro tempo, em outro espaço.
Um novo rumo...
Nota: Tem o soneto de Augusto dos Anjos (Versos Íntimos) recitado por mim em minha página de áudios, quem quiser ouvir, basta que clique no link abaixo: