Sinto inveja da Lua
quando rodopia
Clara, branca, nua,
Transparentes seios...
vejo quando passa
no alto, iluminada,
cheia, enamorada,
sem fazer rodeios
a encontrar o amante...
Sinto inveja dela,
clara, tão brinlhante.
rotunda, plena,
Prata e sensual,
a caminhar radiante
A um encontro casual...
Sinto inveja
Por não disfarçar
o seu amor ilícito,
e saciada, cintilar
até o amanhecer
nos braços do infinito.
Querida amiga, Edir Pina de Barros, obrigada pela bela interação:
Tenho inveja da lua
Com seus véus e rendas
A bailar nas nuvens
Envolta de estrelas
Amada por tantos
Ao léu a vagar.
Da terra a espio
Distante e tão perto
Refletida no espelho
Das águas do rio
Que corre liberto
no leito sombrio
De meu olhar.