Frisson
I
Laços
lenços
lições.
épocas sem ápice,
mas cheias de frizz,
frisson.
Romperam-se os laços,
acabaram-se os lenços,
início de tudo.
Lições inacabadas...
Cada vez mais natural,
me prostro entre as flores.
mas elas me acham estranha.
Não quero as perdidas ilusões,
quero a verdade de um sonho maior.
Quanto menos,
mais me coloco.
Perdi meu chão.
perdi meu não,
fiquei sem ar.
Mas não posso parar.
Meu caminho é de sol e chuva,
de sereno e madrugada,
de amor e ódio.
II
Intensos,
internos,
íntimos.
Inatos,
sem nexo.
Sem mito ou mato.
Morro,
mas ainda vou cantar uma vez mais.
Quanto penso,
mais me prostro.
e se não doessem meus pés e meus joelhos?
Se eu pudesse ser mais um pouco de mim mesma
sem ter que explicar isso?
É que quanto mais eu tento me explicar,
mais confusa me vejo.
E também eu não entendo porque tenho que explicar,
ninguém se explica pra mim.
Mas também eu fico mais confusa quando se explicam.
Se eu morresse de uma morte inocente
seria tão doce quanto cantar ao silêncio
com voz de vento ou de mar.