Maré vazante
a maré vazante
me agonia
vasa o tempo
ora célere
ora lento
porta sem
chave não abre
sou barco
a deriva dos seus
desejos
dos seus anseios
me afogo nas noites
em dias ingratos
e em momentos
desejados
cristalizados
no relógio
do cosmo profundo
onde não
me reconheço
na trama
paralela
onde estais
sempre ausente.
Alberto Daflon