MEU EU SOLITÁRIO
Tanto tempo se passou,
Tantas marcas a vida nos deixou...
Tanta água rolou sob a ponte.
Interrompemos nossas juvenis fantasias,
Porque a vida nos separou...
E eu, que já não vislumbrava um novo horizonte,
Não me encantava mais com o arco-íris,
Nem escutava a cotovia
A anunciar um novo dia,
Tinha até esquecido o que é amar.
Naquele dia, porém, reencontrei e reaprendi
Tudo aquilo que julgava não mais saber...
Mal ouvi a tua terna voz,
Pude logo perceber
Que tu e eu nos tornaríamos de novo nós.
O meu solitário eu reencontrou
O teu eu solitário também.
Aqueles longos e distantes anos,
Sem uma razão e sem planos,
Ficaram pra trás nesta nova estrada,
Porque agora, tu és o meu amor
E eis que, de novo, eu sou a tua amada.