JUVENTUDE

Pena sermos tão jovens!

Ingerimos de jeito rude

por nossa inquietude

tudo aquilo que nos sorvem.

Perdemos a sua essência;

aos velhos a lassitude,

aos jovens muita saúde

e a pouca experiência.

Os mesmos erros cometer

e até os que nem pude

por temer a ilicitude

ou medo de arrepender.

Quando a vida nos ensina;

não existe platitude

nem expiação que a mude

e nem nada que nos redima.

O intenso é interessante;

maduros à plenitude,

pelo bem de sua saúde,

livros, vinhos e laxantes.

Sem pensar espera a morte;

a nossa beatitude

não nos dá similitude

só lembranças que reporte.

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 22/03/2017
Reeditado em 06/12/2018
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