Depressão Poética XXIX
Poema II
De todos os poemas
Este é o que vem a seguir
Exactamente anterior, ao que ainda não escrevi
[podiam ser flores]
Mas é apenas um poema,
- Desprovido de espinhos
(se o amor é verdadeiro, onde mora o ódio?)
Queria ter tempo para abrir os olhos,
Para ler, saber o que dizes, o que pensas
E ter tempo
Tempo para absolutamente coisa nenhuma…
Queria ter tempo ainda pra ver a neve
Embrulhado num cobertor
Sob o alpendre já gasto
Arrefecer nas horas…
Espero o amanhã
Desprovido de esperanças!
Poema II
De todos os poemas
Este é o que vem a seguir
Exactamente anterior, ao que ainda não escrevi
[podiam ser flores]
Mas é apenas um poema,
- Desprovido de espinhos
(se o amor é verdadeiro, onde mora o ódio?)
Queria ter tempo para abrir os olhos,
Para ler, saber o que dizes, o que pensas
E ter tempo
Tempo para absolutamente coisa nenhuma…
Queria ter tempo ainda pra ver a neve
Embrulhado num cobertor
Sob o alpendre já gasto
Arrefecer nas horas…
Espero o amanhã
Desprovido de esperanças!