A PAZ DOS MORTOS

Eu sinto paz.

Ao menos hoje, eu sinto paz.

Talvez por que saí de casa,

Falei com pessoas e vi que ainda não morri.

E por falar em morrer, sinto-me tão vivo entre os mortos.

Que passear entre as alamedas do cemitério faz-me bem.

Ou eu estou morto.

Ou eles estão vivos.

Eu me sinto em paz.

Hoje eu estou em paz.

Talvez seja a fase eufórica da bipolaridade,

Quiçá não seja ilusão de amor.

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 21/03/2017
Código do texto: T5947936
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.