somatorio
cozir o momento a fogo,
pois os pensamentos são
labaredas das profundezas,
desaguar depois do excesso
de memória, vestir a roupa dos
homems vivos, rir o riso da
madeira, das folhas, furar
o tempo com as facas do caração.
sentir a brisa do mar, o golpe
das coisas tristes, e afundar
somente o necessário no desconsolo
dos trausentes, cada um tem
a sua dor e basta, não se soma
a dores alheias