Depressão Poética XXVIII
Poema I
Pousei a mão sobre uma folha branca
Sem rimas ou rabiscos espaço de nada
Ideias onde o sentir assim se alavanca
Poesia métrica assim apenas formatada.
A mão que sobre a poesia pousei
Não apenas a minha, mas a de ninguém
Não me define, nem define o que sinto
O que me define são as letras
Que do sentir me provém…
Não me visto de rimas, de teoremas
Não me visto de palavras belas
Visto-me de sentir, das rotas acções
Das agulhas com que cozo os dias
Das linhas com que costuro as noites.
A mão que pousei sobre a mesa
Usa-a para desenhar o amor
Que sobre a razão desdenho
Sabendo em mim certeza
Minha mão uso com empenho!
A mão que pousei,
Não a usarei contra mim próprio…
Poema I
Pousei a mão sobre uma folha branca
Sem rimas ou rabiscos espaço de nada
Ideias onde o sentir assim se alavanca
Poesia métrica assim apenas formatada.
A mão que sobre a poesia pousei
Não apenas a minha, mas a de ninguém
Não me define, nem define o que sinto
O que me define são as letras
Que do sentir me provém…
Não me visto de rimas, de teoremas
Não me visto de palavras belas
Visto-me de sentir, das rotas acções
Das agulhas com que cozo os dias
Das linhas com que costuro as noites.
A mão que pousei sobre a mesa
Usa-a para desenhar o amor
Que sobre a razão desdenho
Sabendo em mim certeza
Minha mão uso com empenho!
A mão que pousei,
Não a usarei contra mim próprio…