SONHOS
(Joésio Menezes)
Hoje, o que resta de mim
São apenas sonhos sem fim,
Dentro do peito esquecidos.
Sonhos - muitos deles insanos -
Que, com o decorrer dos anos,
Perderam-se nos tempos idos.
E mesmo no tempo perdidos,
Eles foram todos remidos
Das sombras do esquecimento
Levando-se em conta a razão
De os sonhos serem um vão
De entrada pro discernimento.
D’alguns, levados pelo vento,
Não me lembro nem me lamento,
Mas eles serão ressonhados,
Pois sei que sonhos, felizmente,
Passam pelo subconsciente
E lá muitos ficam guardados...
Dos sonhos que tenho sonhado,
Uns não serão realizados;
Mas outros, com certeza sim.
E sendo insanos ou não,
Meus sonhos me permitirão
Sonhar maravilhas sem fim.