Depressão Poética XXVI

Durabilidade das coisas e o que não foi escrito!

Este ano nada dura,
e o que dura não é de agora,
se de agora fora o que duraria?

E que na da me dure
O que agora valha
Na utilidade da perda
A garantia das coisas!...

E que coisas?
Essas coisas que sinto, que pressinto em mim…
Que certa certeza tens destas coisas?
Das coisas que compro,
e das que te roubo da alma?
Certeza única é que o teu presente
Amanhã não existe. O meu somente
Hoje sou eu só quem existe,
Nas coisas que insistes em crer
Que sinta, mesmo que não escreva e inscreva na verdade que as coisas contém…

 
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 20/03/2017
Código do texto: T5946417
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