REFLEXO
Peso o existir sem mais
e me perco em desatino.
Brincadeiras de menina
mate o tempo que houver.
Interesses que se vê
nunca ganham meu aval.
Neste mundo teatral
sou o que ouso inventar.
Hoje sou, depois quem sabe?
Também posso me cansar.
Compromisso que me ata
também pode libertar.
Não achei caminho pronto.
Precisei meu céu criar.
Neste espelho me abandono
para enfim me resgatar.
ANA MARIA GAZZANEO