SÍLABAS
Debruçada na janela
mastigo as sílabas da saudade
Tarde de sal...
Tarde doce...
Vivo de intervalos
..............................
Abraço-me ao vento que passa
Dentro dele
um poeta
Fora dele
sílabas indizíveis
Teclados abandonados
nada que me lembre a tecnologia
a hora é de poesia
Na minha boca
há sílabas desconhecidas
No céu
uma estrela cadente
É com ela que conjugo o verbo que ninguém conhece:
Mania
Sigo mastigando sílabas...
Imagem: Internet