VIDA AO MAR

Velejar, velejar, velejar...

Tendo apenas o vento a me guiar,

E as gaivotas ao meu redor, a me guiar...

Tenho por amigos animais marinhos,

Que muitas vezes insistem em brincar com minha nave,

Horas são amistosos e carinhosos,

Hora são hostis e querem me devorar...

Devorar o quê?

Estou aqui não como homem, e sim como parte do todo...

Parte da cadeia alimentar,

Predador e presa... Muito mais; presa...

Há horas que o caminho é calmo,

Com a água a beijar o casco da nave suavemente...

Em outros, o mar torna-se cinza e o céu negro,

Riscado por raios e os gritos de "Thor" a me expulsar dali...

Nestas horas só há duas opções: Ficar ou ficar...

Ficar com as mãos atadas ao timão e assumir seu destino,

Esbravejando contra dos deuses do mar ou,

Juntar-se aos ratos no porão da nave...

Quando se esta ao mar,

A vida não muda, as vezes são alegrias,

As vezes são tristezas,

As tristezas vão embora, cada vez que a Aurora chega,

Abrindo o dia com seu véu amarelo lilás, sinal de paz...

Assim é o mar...

Assim sou Eu.

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 19/03/2017
Código do texto: T5945455
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