RUÍNAS

RUÍNAS

Somos os donos das ruínas

Que construímos em lutas insanas

Pelo querer ser deus

Ou alcançá-lo

Sem ser vassalo

Triste destino despido

De humanidade

Ora!!! A perfeição almejada

Nos faz uns nadas

Que nadam e boiam fétidos

Em mares de incongruência

Querendo atingir o paraíso

Fazendo da vida inferno

Nada terno, quente

Agonizando e esfriando

Na lápide dura

Que se estrutura

Acreditando em alma

Em vida eterna

Única salvação

Do que se sabe ser perdição

Sem volta

Enterrado e num chão

Ápice de vermes

Famintos por podridão

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/03/2017
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