MEU ANJO MAL, DÉBORA...
Meu querido anjo mal,
De negra crina tingida de ouro,
De languidos olhares de mar,
Que ocultam pútrida com de caramelo, de lama...
De que adianta negar a sua natureza?
Escondendo-se sob o véu da santidade,
Buscando a todo o custo o perdão,
Dos pecados cometidos hoje?
Meu querido anjo mal,
O atributo da beleza não é seu,
Conforme-se com o que tens,
E não cobices o que é alheio...
De que adianta meu anjo decaído,
Buscares a forma estética perfeita,
Se sua natureza meu bem, é imperfeita?
E nada que tu fazes, tornara-te mais bela do que é,
E sua busca, tornara-te-á, mais vazia...
Meu querido anjo mal,
Não poupe-te dos prazeres do chocolate,
Coma-o com voracidade,
pois banhar-se nele, será inútil, não te fará mais bela...