CASA VELHA

Eu sou como uma casa velha,

Ouço ruídos por todos os lados,

Guardo segredos irreveláveis,

Alegrias e tragédia esquecidas...

Amores proibidos,

Vidas esquecidas,

Em meus jardins mortos,

Enfeitados por uma Vênus de mármore...

Em meus portões e portas selados,

Em meu piso rachado e quebradiço,

Em meu telhado frágil e úmido,

Morada de velhos amigos corvos, formas-pensamentos...

Em minha velha estufa,

De rosa e plantas carnívoras,

Que não mais vivem além de musgos,

Assim como meu coração...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 18/03/2017
Código do texto: T5944506
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