VAL DA CHUVA

Essa chuva, que me molha sem guarda chuva

nas encolhas, muita gente me olha

as águas que me molha, no meio da chuva.

Essa chuva, embebeda minhas luvas

umedece minhas curvas que no vento...

Apruma se desarruma no meio da rua.

Como no cio, ela desce correndo chiando

vai quebrando, desarrumando fazendo frio

atirando sonhos dos pobres, dentro do rio.

Eu quero ficar no ar e chorar nessa chuva

camuflar as minhas lagrimas, com águas

essa saudade, esse sentimentos, me ajuda.

Essa chuva esta desmoronando barranco

dando aval p'ra político, tornando encanto

amarrando esperanças, desse seu pranto.

Deus me acuda d'essa chuva e enxurrada

bueiro entupido, casa sendo arrastadas

ruas alagadas... Tantos planos por nada!

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 17/03/2017
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