VAL DA CHUVA
Essa chuva, que me molha sem guarda chuva
nas encolhas, muita gente me olha
as águas que me molha, no meio da chuva.
Essa chuva, embebeda minhas luvas
umedece minhas curvas que no vento...
Apruma se desarruma no meio da rua.
Como no cio, ela desce correndo chiando
vai quebrando, desarrumando fazendo frio
atirando sonhos dos pobres, dentro do rio.
Eu quero ficar no ar e chorar nessa chuva
camuflar as minhas lagrimas, com águas
essa saudade, esse sentimentos, me ajuda.
Essa chuva esta desmoronando barranco
dando aval p'ra político, tornando encanto
amarrando esperanças, desse seu pranto.
Deus me acuda d'essa chuva e enxurrada
bueiro entupido, casa sendo arrastadas
ruas alagadas... Tantos planos por nada!
Antonio Montes