HOJE...
Hoje ei de caminhar por entre abrolhos,
Mas não espere que eu abra o olhos,
Pois esse poeta prefere não ver,
A ter que enxergar!
Hoje ei de rir o meu riso,
Mas não espero com isso atingir ao paraíso,
Pois o inferno fica logo ali,
Depois da esquina das delícias!
Hoje ei de enviar os meus versos a ti,
Mas não se anime pois o que quero te dizer-te,
É justamente o inverso de meus versos,
Tal qual figura feminina de Picasso em fúria!
Hoje dar-te-ei me meu coração,
Não como puro ato de entrega de amor,
Mas justamente porque não sinto mais nada,
A pulsar dentro dele,
Portanto senta, e devora-o!