Psicopompo¹

O silencio deambulou por teu aposento

Seu pensamento pairou em acaso

A ordem se perdeu no espaço

É a fagulha que acende o absoluto

Sei que o ente onde as pupilas repousaram

Virou insignificante plano de fundo

A realidade era um quadro obtuso

E o abstrato era a matéria que pisava

O corpo que sustentava um mundo

Acordado enquanto dorme

A arte de estar alado no tempo

E o tempo como eterno psicopompo