emaranhado
diante do homem potencialmente
poeta, ou mesmo fauno, diante da
delicadeza de um regato, ou de uma
tempestade que engole a noite [como se
a noite pudesse ser engolido, se dela
somos apenas pústulas de flores vivas]
teus olhos nadando entre os veios do meu
corpo, nas correntezas de sangue a agonia,
gozo e silêncio, pêssegos de volumes
diversos, a dor calma e convencida se deixa
doer sem amargura. do mais fundo das coisas
o beijo, a língua, o abraço, a própria noite
como cobertor,