emaranhado

diante do homem potencialmente

poeta, ou mesmo fauno, diante da

delicadeza de um regato, ou de uma

tempestade que engole a noite [como se

a noite pudesse ser engolido, se dela

somos apenas pústulas de flores vivas]

teus olhos nadando entre os veios do meu

corpo, nas correntezas de sangue a agonia,

gozo e silêncio, pêssegos de volumes

diversos, a dor calma e convencida se deixa

doer sem amargura. do mais fundo das coisas

o beijo, a língua, o abraço, a própria noite

como cobertor,

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 16/03/2017
Código do texto: T5942887
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