A ALMA E A BESTA
Liberta-me ó minha alma!
Os meus mais ardentes desejos,
E mata a hipocrisia dos que tem medo,
De revelar todos os seus segredos...
Liberta-me ó minha alma!
Das culpas que não tenho, mas que carrego,
Livra-me das vendas de um cego de espírito,
E deixa-me desvendar as mentiras do amor...
Liberta-me ó minha alma!
Das sombras chorosas de amores perdidos,
Que clamam por voltar a um tempo vencido,
Quando ainda não inventaram a máquina do tempo...
Liberta-me ó minha alma!
Ou libertar-me-ei de ti,
E aí não seremos mais um, posto que somos dois,
A alma regressada... A besta libertada...