A ALMA E A BESTA

Liberta-me ó minha alma!

Os meus mais ardentes desejos,

E mata a hipocrisia dos que tem medo,

De revelar todos os seus segredos...

Liberta-me ó minha alma!

Das culpas que não tenho, mas que carrego,

Livra-me das vendas de um cego de espírito,

E deixa-me desvendar as mentiras do amor...

Liberta-me ó minha alma!

Das sombras chorosas de amores perdidos,

Que clamam por voltar a um tempo vencido,

Quando ainda não inventaram a máquina do tempo...

Liberta-me ó minha alma!

Ou libertar-me-ei de ti,

E aí não seremos mais um, posto que somos dois,

A alma regressada... A besta libertada...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 15/03/2017
Código do texto: T5942045
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