A DOUTRINA
Não me chames de louco,
Raca!
Não me chame de médium,
Quando nem tu acreditas em mim...
Não me façam rir!
Em dizer que não vêem os homens, mulheres,
Alguns diriam: sombras, trevas, luzes talvez?
Esgueirando - se pela casa, seguindo um ou outro...
Raca!
Não me chames de médium!
Não me chame de louco,
Quando nem eu quero, mais crer em mim...
Não me façam chorar!
Quando dizem que tudo está lá, crianças, vozes,
Escuto aqui e acolá: espectros, arrepios, vivos outra vez?
Me seguindo em cada canto, pedindo para escrever, pintar, falar...
Deixe - me ser o que sou; médium,
Deixe - me ser o que sou, louco,
Deixe - me ser o que sou. Eu!
Mas não me deixe louco, jamais me chame de Raca!