ÍGNIO II
Meu amor do Seridó,
Que de Santana fostes parida,
Sem saber tenho o mesmo sangue,
Terra vermelha, cascalho,
Amor pela terra querida...
Se o destino me trouxe de volta a terra,
Que um dia fora nossa a um só tempo,
Tinha certamente uma razão e um porque,
Que meus mais profundos esforços, nunca vão entender...
Se este amor é substantivo concreto ou abstrato,
Já não sei e nem tão pouco importa saber,
Sei somente que é: Simples, próprio, feminino e singular,
E se por um acaso sua curiosidade o(a) matar, basta fitar meu olhar,
Pois nele tu moras,
Pois nele tu vives,
Pois nele o subjetivo fica claro,
No azul profundo de seus olhos, onde sempre vou te amar...