Brinquedo

No hálito do espelho

Um riso convulsivo.

Ajoelho.

Acaricio dobras e meios- fios.

Busco nomes e beijos.

Tateio gritos e medos no absoluto infinito.

Meu violão é solidão,

Irmão das dores,

Enquanto a morte faminta espia

Pelo buraco da fechadura

De um mundo caduco.

Estou no jogo.

No brinquedo de Deus.

Roberto Passos do Amaral Pereira
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 13/03/2017
Código do texto: T5939513
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