Boas lembranças da Alameda do Avião
Hoje me lembrei bem e tive uma singular emoção,
O tanto que já busquei por diversão, lá na alameda do avião;
Quando somente os abutres marchetavam no ar;
E em terra, donzelas gentis gracejavam!
Quase que nem conheci, quando passei bem devagar;
Observando e tentando encontrar aquele abrigo delicado;
Que tantas pessoas iam, em busca de um ditame apaixonado...
Foram incontáveis noites, sempre no mesmo ritual;
Que sempre iniciava com epopeia profana e trivial,
Seguida de uma transação insensata;
Cujo objetivo eram distrações distintas,
Onde cada um tinha seu deleite desigual...
Que se dissipava como água na tinta...!
Tempo maravilhoso que não se pode reviver,
Pelo menos como foi um dia, em casa de tia,
Com as primas esperando para o jantar...
Lá na Alameda do Avião...!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires, Feira de Santana, Bahia, 12 de março de 2017.