sem ponte
Primeiro, o passo, feito
depois de uma trovoada,
(todos precisam andar
depois de uma trovoada)
o chão pouco usual desce
pelas colinas de vento, e
sabemos do poço, o fundo
ausente, milhares de vãos
no firmamento, o rosto de
vera, a perna de Marlene,
os seios de Marina, a incerta
face das coisas, o escuro vindo
de dentro, Deus, porque me abandonaste?
que direção, o silêncio, o pesado
silêncio nos consola, a luz abraça
as palmeiras, assim nasce as praias
do coração.