CARTA INGRATA
Aquela carta, ingrata que você me deu
eu amassei...
Amassei molhando-a com choro, e com,
lagrimas molhadas dos olhos meus.
Não, eu não acreditei ser despachado
assim, e seguir sem ter você...
Sonhei uma vida, contigo a meu lado
e todavia achei que iria te ter.
Aquela carta ingrata, sua, eu li...
Li soluçando, e chorando atirei ao vento
que planando levou para rua
levando pedaços, do meu sentimento.
Aquela rua, que quando contigo andei,
eu sonhei... Eu sonhei na rua...
Sonhei, que a minha vida seria sua,
sonhei que sem você, a minha paixão,
vagaria nua.
Aquela carta ingrata, que você me deu...
Me deixou na sinuca,
de olhos na nuca
pensando na vida,
que hoje perdida
seria vida, minha... E sua.
Antonio Montes