Das trevas das neves.
Fez-se poesia coberta por uma nevasca,
na boca sussurrava derradeiros versos,
que suplicavam por encontro de rimas,
que enrijecidas se perderam pela neves.
Mas um tímido avassalador raio de sol,
atirou-se freneticamente sobre a rocha,
desvirginou aquela branca pedra fria,
Donde ainda suspirava minha poesia.
Criou-se na manhã o estado de poesia,
onde palavras ávidas de amor e calor,
tocavam-se em avalanche de caricias
desejos pulsantes e sedentos de amor.
E as mãos congeladas não atendiam,
delirantes apelos das palavras vitais
que aglutinadas em volta da poesia,
sentiam-se libertas, se agasalhavam.
Foi assim, que debaixo da neve densa
vi brotar uma incandescente poesia,
bela como flor de lótus e cor intensa,
assediada pela estalactite que surgia.
Toninho