ANSIEDADE

ANSIEDADE

E a ansiedade que me abarca

Donde vem

Do âmago, da essência

Ou da dúvida sempre presente

Da utopia que jamais existirá

Da finitude da existência

Que incólume se avizinha

E dá recados ao corpo cansado

Ou a cabeça que falha

E pensa no que passou

Num inútil relembrar

Marcado por arrependimentos

Ou vitórias de Pirro

Insignificantes tal o tamanho

Do que é dito significante

E a ilusão da melhoria

Do alcançar o horizonte

Que sempre se afasta

Como a dizer basta

Já caminhaste bastante

E agora chega

Vá ao éter

Tentar realizar suas quimeras

Aqui o tempo venceu

Tchau, adeus

Ou quem sabe até breve

Em caminhadas distintas

Com novas tintas

Em velhas paredes

Cercadas de mistério

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/03/2017
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