ANSIEDADE
ANSIEDADE
E a ansiedade que me abarca
Donde vem
Do âmago, da essência
Ou da dúvida sempre presente
Da utopia que jamais existirá
Da finitude da existência
Que incólume se avizinha
E dá recados ao corpo cansado
Ou a cabeça que falha
E pensa no que passou
Num inútil relembrar
Marcado por arrependimentos
Ou vitórias de Pirro
Insignificantes tal o tamanho
Do que é dito significante
E a ilusão da melhoria
Do alcançar o horizonte
Que sempre se afasta
Como a dizer basta
Já caminhaste bastante
E agora chega
Vá ao éter
Tentar realizar suas quimeras
Aqui o tempo venceu
Tchau, adeus
Ou quem sabe até breve
Em caminhadas distintas
Com novas tintas
Em velhas paredes
Cercadas de mistério