EU SOU CORUJA, CORVO, CRIATURA DA NOITE
 
Eu sou uma pessoa que vive como uma coruja,
Pois quando chega a noite não penso em dormir,
Fico com a fome da insônia
Para viver a sentinela flagrante do açoite da morte,
Para ser Torre de Fortaleza.
Se o Negro e o Claro cingem diante de meus olhos na paralisia de uma esfinge, Enganei-a mais uma vez!
Eu sei que parece loucura vigiar aquilo que te vigia,
Mas na luta absurda entre o ser miserável da matéria e o ônix da Morte
Nada se pode fazer a não ser conviver com os espíritos da noite
E sobreviver com as almas do dia
Para um alcance maior do desafio de poder também ser Morte um dia.

 
Agmar Raimundo
Enviado por Agmar Raimundo em 04/03/2017
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