Imagem Google, Greta Garbo

Saiu de mim

Olho o vazio sobre o mar
Colado no céu sem sentido
A solidão ocupa o espaço
E interfere no tempo cortado
Saiu de mim em busca de paz
Sinto vontade de molhar as lágrimas
No curso da chuva que apaga
O sorriso dos meus olhos
Quero seguir através da arte
Na minha vontade oculta
Para poder jogar fora
Parte das minhas lembranças
Nas cores do meu passado
Que faz opaca a técnica
De uma sombra iluminada
E despacho para o mundo
A parte que excede os limites
O passado não é o que passou
Mas o que desfigurou no tempo
Nascemos no escuro da vida
Recostada sempre na sombra da luz
Saiu de mim em escalas suaves
Tenho a essência como razão
Para dar sequência aos anos
Que ainda terei de viver
Através da versificação
No meu auto retrato



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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 03/03/2017
Reeditado em 02/05/2017
Código do texto: T5929890
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