tempo e destruição
minhas mãos já não seguram
aquelas frutas, todas apodreceram
na passagem do tempo, teus olhos,
duas bolas de infinitos me falando
pequeno, a rua da infância, turbulenta,
mas envelhecida, consigo devolver o
olhar que dela me apavorou, o futuro como um
sol em labareda, nem isso me alucina,
dou goladas de tédio, o vulcao me consome
a cada dia, onde posso ir se tudo tem prazo?
tudo se perde, tudo se cala, oh, tempo! quem
te fez tão forte, serás um deus do apocalipse?
destino tomado, alegria me bebericando nessa
tarde, desço orgulhoso pela sua goela.