A Rosa de Afrodite

Tentei escrever um poema

E enviar as estrofes ao céu

Mas o poema existe

E já está no papel...

Zeus devolveu-me o rascunho

Acusando-me de inveja

Porém não sabia ele

Que o poema não pertencia a Hera...

Sim, o poema existe

Com versos inversos

E tortas linhas,

Mas a essência daquelas rimas

Sempre foi e será só minha...

Declamei-o ao universo

Com todo o amor e onisciência

E o poema foi ouvido

Nas profundezas pelas Nereidas:

"Não chores, oh Citereia_

Não fiques assim tão triste!

No poema verás teu nome,

Esperes e não duvides."

Agradeço-vos gentis ninfetas,

Guardarei tais conselhos comigo...

Também contarei com Chronos

Que provou ser um grande amigo!

Dediquei os meus versos a Eros_

Querido e amado filho,

Pra que saiba que é vindo

Do amor mais que atrevido.

Para Adônis, só para Adônis

Eu guardei os poderes do cinto...

E no poema tingi seu nome

Com a rosa rubra do meu destino.

Yara Chima
Enviado por Yara Chima em 02/03/2017
Reeditado em 02/03/2017
Código do texto: T5928427
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.