LAMA
Tirei seu nome da lama
e o transforme em um romance.
Agora você já não era mais um sapo.
Despi lhe os trapos de seu corpo.
Dei lhe novas vestimentas
e um lindo par de sapatos,
todo bordado em ouro e brilhantes.
Fiz de você uma princesa.
A única dona de tudo,
que eu já havia conquistado.
Dei lhe meu próprio nome,
fazendo todos a lhe respeitar.
Nunca lhe cobrei nada...
Nada mais do que eu pensava merecer...
Um pouco de calor humano,
amor, carinho, afeto e fidelidade.
Só isto, nada mais que isto.
Porém, me foi negado o osculo,
quando eu mais precisei.
E sua cruel desatenção,
a tirou do calor de nossa cama,
para as noites frias e amargas,
a qual se vê hoje lançada,
nos lamentos e lágrimas da lama.
Nova Serrana (M\G), 16 de abril de 2007.