João-de-barro
Quero contar minha história,
Onde fui injustiçado,
Acusado sem prova
De Maria, ter matado.
Voava eu, muito sozinho.
Quando avistei Maria.
Era a ave mais linda
Que eu conheceria.
Então logo nos juntamos,
Começamos a bater asa.
Já dizia o ditado:
Quem casa quer casa.
O ninho está pronto.
A vista está perfeita.
No topo de uma árvore.
Maria agora deleita.
Enquanto ela chocava os ovos
Eu tinha que Grãos encontrar.
Quando voltei para o ninho
Achei ela no chão a chorar.
Entrou no ninho um ladrão.
Ele veio-me atacar,
Eu até tentei voar.
Mais ele conseguiu-me machucar.
João querido
Quando me sepultar
Feche a porta ao inimigo
Para ele não voltar.
Expulsei meu inimigo!
Triste e enfurecido,
Levei Maria ao abrigo
Onde ela faleceu.
Mas a fofoca,
Falando muita besteira.
Transformou me em um vilão
Dizendo que por ciúmes tranquei minha companheira.