* O PERNILONGO FEROZ*

Um poema, já fiz pra este inseto
Que adentra audacioso nas cobertas
Pra ele o cortinado, é desafio certo

Belisca a face, as mãos com desespero
Zumbindo ao procurar sua consorte
Não sei por que nos leitos é sua sorte

O sono me desperta e ligo o som
Indaga o pensamento a esta hora
Quem mais estás picando, e devoras?

O poeta que transforma tudo em poesia
Logo acordado o pensamento inicia
Uma homenagem a este inseto, primazia

E vejo as mãos teclando em pensamento
Versos de amor, de tristeza e alegria
E a natureza homenagem e poesia

O pernilongo até que ainda encaro,
É bicho xexelento, mas tá bom.
Percebo pernilongo pelo faro
Pior se desafina ou muda o tom.

Porém picada sempre perigosa
Daquelas doloridas, na verdade
É dessa criatura tenebrosa
Que vive na total obscuridade

Arrasta pelas pedras, pelo mato
E tem em duas presas tal veneno
Que mata se não trato, eis o fato.

Pois medo deste bicho em mim já sobra
Faz pernilongo ser café pequeno
Mordida venenosa de uma sogra...

SOGUEIRA
Marcos Valério Mannarino Loures

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 04/08/2007
Código do texto: T592684
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