Desatinado Querer =][=
O que não se deve é breve,
neve em torno do vulcão da euforia,
lava que escorre pelos vãos, à revelia,
sob o fascínio, que engana e enternece.
E o que se esquece
é exatamente o que vai estar, lá, adiante,
quando o perigo apresentar-se, num rompante,
desfazendo o chão, queimando todo o caminho.
Então, sozinho,
é quando o coração vai se dar conta,
que a solidão está na nuvem que desponta,
nesse negrume de viver incendiado.
O que se deve não se pode
O que se pode não se deve
Enfim, tudo foi consumado.