Preciso de uma máquina
Preciso de uma máquina
Que apague os morfos
Das paredes do meu cérebro
As sujeiras da minha vida
As porcas lembranças do meu eu
Uma máquina que apague
As mágoas do meu coração
As sujeiras das minhas veias
O telhado de vidro da minha casa
Coberto de vidraças sujas
Em que eu não consigo ver do lado de fora
Quem mora nela
Nem quem vai limpá-las
Passeando entre as casas de aranha
Do meu ser
Vejo minhas varizes
Minha fala ofegante
Sentindo o peso do meu corpo
Das minhas culpas
Talvez das minhas desculpas,
Desculpas que arrumo
Para tudo em minha vida...
Geovana Borges
A POETISA DE SANTOS QUE É BAIANA