Preciso de uma máquina

Preciso de uma máquina

Que apague os morfos

Das paredes do meu cérebro

As sujeiras da minha vida

As porcas lembranças do meu eu

Uma máquina que apague

As mágoas do meu coração

As sujeiras das minhas veias

O telhado de vidro da minha casa

Coberto de vidraças sujas

Em que eu não consigo ver do lado de fora

Quem mora nela

Nem quem vai limpá-las

Passeando entre as casas de aranha

Do meu ser

Vejo minhas varizes

Minha fala ofegante

Sentindo o peso do meu corpo

Das minhas culpas

Talvez das minhas desculpas,

Desculpas que arrumo

Para tudo em minha vida...

Geovana Borges

A POETISA DE SANTOS QUE É BAIANA

Geovana Ferreira
Enviado por Geovana Ferreira em 28/02/2017
Código do texto: T5926313
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