Frustrações

Livre estive nos cárceres da alma,

Lá na parede onde o sol não bate,

Onde pouco visito em rara lucidez,

Onde sou fuzilado pelas escolhas.

Lá onde correntes prendem o ego,

Onde as pedras escuras arranham,

Onde purgo o desejo mal realizado,

Livre do vício, vivo da doce necrose.

Livre estive das doses do não feito,

porões úmidos decorando de asco,

Onde fungos desatinam fantasmas,

Onde milícias torturam frustrações.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 28/02/2017
Reeditado em 02/03/2017
Código do texto: T5926303
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