Frustrações
Livre estive nos cárceres da alma,
Lá na parede onde o sol não bate,
Onde pouco visito em rara lucidez,
Onde sou fuzilado pelas escolhas.
Lá onde correntes prendem o ego,
Onde as pedras escuras arranham,
Onde purgo o desejo mal realizado,
Livre do vício, vivo da doce necrose.
Livre estive das doses do não feito,
porões úmidos decorando de asco,
Onde fungos desatinam fantasmas,
Onde milícias torturam frustrações.