O Choro dos Poetas

O Choro dos Poetas

Tantas vezes choro nas palavras,

Banho de lágrimas os versos,

Sofro em silência na minha escrita,

E só a alma sabe meu choro, de sorte maldita.

Tantas vezes me foge a terra dos pés,

E fingo não ver ninguêm, fingo não saber quem és,

Mergulho no silêncio dos sons da guitarra,

Faço prece aos prodígios e banho a minha almofada !

Sou o choro escondido,

O gemer do meu corpo, à procura de sentido.

E faço o render do corpo na batalha,

O baixar os braços, sem força que me valha.

Às vezes sou isto tudo, ou nada,

E o choro é meu confidente,

E meu alento para mais uma jornada !

Nenúfar 4/8/2007

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 04/08/2007
Código do texto: T592531
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